quarta-feira, 19 de setembro de 2012

PESSOAS COM ESPIRITO EMPREENDEDOR


História que vale a pena ser divulgada . . . .

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O ex-vendedor de coxinhas que virou um dos líderes em franquias no Brasil

Sua primeira empresa foi a Microlins, uma das maiores redes profissionalizantes do País. No final de 2007, eram 740 franquias e 500 mil alunos

Por Karla Santana Mamona 
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SÃO PAULO - Existem pessoas que nascem com o espírito empreendedor. Uma delas é José Carlos Semenzato. Filho de pedreiro e dona de casa, com apenas 12 anos ele já ajudava na renda de casa vendendo salgados fabricados por sua mãe de porta em porta. A estratégia de venda era circular em bairros que ainda estavam em construção na cidade de Lins, interior de São Paulo. A ideia deu certo e em algumas tardes ele chegou a vender 600 salgados.“Eu brinco dizendo que eu fui o maior vendedor de salgados da história de Lins”.
Ainda na adolescência, Semenzato conseguiu um emprego em uma copiadora. Um dos clientes da empresa notou seu desempenho e ofereceu uma oportunidade para fazer um curso de informática. O jovem tomou gostou pela área. Com 17 anos, ele já tinha feito todos os cursos disponíveis. Com isso, conseguiu um emprego como programador de computador e foi convidado para dar aula de informática em um colégio da cidade. Para complementar a renda, também dava aulas de informática particulares aos finais de semana. “Mesmo trabalhando tanto, eu olhava para o cenário e pensava que a minha vida nunca iria mudar. Eu tinha que tomar uma atitude”.
José Carlos Semenzato
Até que um dia, ao encontrar o dono da empresa no corredor, Semenzato perguntou a sua opinião sobre ele abrir um negócio próprio. A resposta foi que ele tinha todas as qualidades de um empresário de sucesso. “Isso foi um empurrão. Era o que eu precisava para seguir o caminho que eu queria”. Com o dinheiro da rescisão do contrato de trabalho, ele abriu uma escola de Informática, chamada de Microlins. Isso foi em 1991.
MicrolinsA Microlins cresceu rapidamente. Nos três primeiros anos de vida, o empresário montou 17 escolas próprias. Tudo ia bem até o surgimento do Plano Real. Isso porque para conseguir equipar as escolas o empresário fez muitos empréstimos nos bancos. “A taxa de leasing era exorbitante. Com a deflação, as mensalidades não podiam ser reajustadas. Nesta época eu passei pelo gosto amargo de ir à lona. Perdi dinheiro e o meu nome”.
A solução encontrada foi entrar no setor de franchising. “Era a saída para que o meu sonho não morresse”. A estratégia deu certo, os franqueados compraram computadores novos, reformaram as escolas e conseguiram novos alunos. “Nesta época chegamos a 1000 alunos”. Apesar do negócio estar voltando a crescer, Semenzato queria expandir a atuação da escola. Em 1997, a Microlins deixa de ser uma escola de informática e se torna um centro de formação profissional, oferecendo cursos de secretariado, contabilidade, entre outros. Com este novo formato, a franquia alcança a 150 unidades.
Com o crescimento do setor de Telecomunicação no País, a Microlins incluiu em seu portfólio cursos para reparadores e instaladores de aparelhos de telefone. “As franquias ganharam dinheiro. Chegamos a 200 franquias e 25 mil pessoas formadas trabalhando neste setor”.
Uma maneira de divulgar a empresa era por meio da publicidade. O método escolhido foi patrocinar o quadro “Dia de Princesa” do apresentador Netinho de Paula e Gugu Liberato. A franquia participava doando computadores, cursos e até mesmo voo de helicóptero para as participantes dos programas. “Este apelo emocional de uma empresa que faz o bem para as pessoas, de uma empresa socialmente correta, pegou muito bem, isso gerava retorno, matrículas por todo o Brasil”. No final de 2007, eram 740 franquias e 500 mil alunos.
No ano seguinte, Semenzato vendeu 30% da empresa para o grupo educacional Anhanguera. A operação rendeu um aporte de R$ 25 milhões. Dois anos depois, ele explica que recebeu uma proposta irrecusável e vendeu o negócio para o Grupo Multi.
Uma nova faseNeste cenário, muitos no lugar do empresário deixariam de trabalhar, mas Semenzato “descansou” durante seis meses, período utilizado para pensar em uma nova a empresa. Assim surgiu o Grupo SMZTO Participações, que é uma holding de franquias multisetoriais. O negócio do empreendedor é comprar participações em marcas de diferentes franquias, como Praquemarido, Casa de Sorvetes Jundiá, entre outros. Ao todo, são mais de 10 franquias. “Eu acho que não tem limite, eu posso chegar a 20 marcas. O mercado está latente por franquias”.
Com apenas dois anos de existência, a expectativa é chegar a 400 unidades entre todas as marcas. Isso dá uma média de R$ 20 milhões em faturamento, com licença de franquia. Somado ao faturamento das franquias que já estão funcionando o valor chega a R$ 200 milhões.

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