sexta-feira, 31 de julho de 2015

quinta-feira, 30 de julho de 2015

GOURMET

Satisfaça o seu apetite nem que seja somente olhando os belos ingredientes.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

DIA DOS AVÓS

Ainda com relação ao DIA DOS AVÓS, justifica-se a publicação meste BLOGUE da comemoração realizada ontem em Penafiel, uma cidade portuguesa no distrito do Porto.

Veja no site a seguir:

domingo, 26 de julho de 2015

DIA DOS AVÓS

Para quem desconhece, hoje é o dia dos avós. Como o titular deste blogue também é avô, resolveu colocar esta postagem como sendo uma homenagem a todos os avós, aos quais envia seus parabéns.
dia dos avós é uma data comemorativa dedicada a celebrar os avós
No Brasil e em Portugal comemora-se em 26 de julho, tendo sido esta data escolhida em razão da comemoração do dia de Santa AnaSão Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
A data da festa de São Joaquim sofreu várias alterações ao longo dos tempos. Inicialmente era celebrada no dia 20 de março, associada à de São José, tendo sido depois transferida para o dia 16 de agosto, para associar-lhe ao triunfo da filha na celebração da Assunção, no dia precedente.
Em 1879, o Papa Leão XIII, cujo nome de batismo era Gioacchino (versão italiana de Joaquim), estendeu sua festa a toda Igreja. Finalmente, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.
História]
Conta a história que, no século I a.C., Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada a quem batizaram de Maria.
Devido à sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. Ana morreu quando Maria tinha apenas três anos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por Ele a escolhida para ser mãe de seu filho Jesus Cristo.

São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avôs e avós1 .

sábado, 25 de julho de 2015

EXPRESSÕES POPULARES (O saber não ocupa lugar)

Finalmente consegui obter sucesso na colocação desta postagem, da forma que meus visitantes possam tomar conhecimento do seu texto.

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ERRO CRASSO
Significado: Erro grosseiro.
Origem: Na Roma antiga havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três pessoas. No primeiro destes Triunviratos , tínhamos: Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros a cair. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um "erro crasso".
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TER PARA OS ALFINETES
Significado: Ter dinheiro para viver.
Origem: Em outros tempos, os alfinetes eram objecto de adorno das mulheres e daí que, então, a frase significasse o dinheiro poupado para a sua compra porque os alfinetes eram um produto caro. Os anos passaram e eles tornaram-se utensílios, já não apenas de enfeite, mas utilitários e acessíveis. Todavia, a expressão chegou a ser acolhida em textos legais. Por exemplo, o Código Civil Português, aprovado por Carta de Lei de Julho de 1867, por D. Luís, dito da autoria do Visconde de Seabra, vigente em grande parte até ao Código Civil actual, incluía um artigo, o 1104, que dizia: «A mulher não pode privar o marido, por convenção antenupcial, da administração dos bens do casal; mas pode reservar para si o direito de receber, a título de alfinetes, uma parte do rendimento dos seus bens, e dispor dela livremente, contanto que não exceda a terça dos ditos rendimentos líquidos.»
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DO TEMPO DA MARIA CACHUCHA
Significado: Muito antigo.
Origem: A cachucha era uma dança espanhola a três tempos, em que o dançarino, ao som das castanholas, começava a dança num movimento moderado, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio. Esta dança teve uma certa voga em França, quando uma célebre dançarina, Fanny Elssler, a dançou na Ópera de Paris.
Em Portugal, a popular cantiga Maria Cachucha (ao som da qual, no séc. XIX, era usual as pessoas do povo dançarem) era uma adaptação da cachucha espanhola, com uma letra bastante gracejadora, zombeteira.
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À GRANDE E À FRANCESA
Significado: Viver com luxo e ostentação.
Origem: Relativa aos modos luxuosos do general Jean Andoche Junot, auxiliar de Napoleão que chegou a Portugal na primeira invasão francesa, e dos seus acompanhantes, que se passeavam vestidos de gala pela capital.
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COISAS DO ARCO-DA-VELHA

Significado: Coisas inacreditáveis, absurdas, espantosas, inverosímeis. Origem: A expressão tem origem no Antigo Testamento; arco-da-velha é o arco-íris, ou arco-celeste, e foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé: "Estando o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na terra." (Génesis 9:16)
Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina.
Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades mágicas do arco-íris - beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).
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DOSE PARA CAVALO

Significado: Quantidade excessiva; demasiado.
Origem: Dose para cavalo, dose para elefante ou dose para leão são algumas das variantes que circulam com o mesmo significado e atendem às preferências individuais dos falantes.
Supõe-se que o cavalo, por ser forte; o elefante, por ser grande, e o leão, por ser valente, necessitam de doses exageradas de remédio para que este possa produzir o efeito desejado.
Com a ampliação do sentido, dose para cavalo e suas variantes é o exagero na ampliação de qualquer coisa desagradável, ou mesmo aquelas que só se tornam desagradáveis com o exagero.
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DAR UM LAMIRÉ
Significado: Sinal para começar alguma coisa.
Origem: Trata-se da forma aglutinada da expressão «lá, mi, ré», que designa o diapasão, instrumento usado na afinação de instrumentos ou vozes; a partir deste significado, a expressão foi-se fixando como palavra autónoma com significação própria, designando qualquer sinal que dê começo a uma actividade. Historicamente, a expressão «dar um lamiré» está, portanto, ligada à música (cf. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
Nota: Escreve-se lamiré, com o r pronunciado como em caro.
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MEMÓRIA DE ELEFANTE
Significado: Ter boa memória; recordar-se de tudo.
Origem: O elefante fixa tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atracções do circo.
[croco1dile.jpg]
LÁGRIMAS DE CROCODILO
Significado: Choro fingido.
Origem: O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.
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NÃO PODER COM UMA GATA PELO RABO
Significado: Ser ou estar muito fraco; estar sem recursos.
Origem: O feminino, neste caso, tem o objectivo de humilhar o impotente ou fraco a que se dirige a referência. Supõe-se que a gata é mais fraca, menos veloz e menos feroz em sua própria defesa do que o gato. Na realidade, não é fácil segurar uma gata pelo rabo, e não deveria ser tão humilhante a expressão como realmente é.
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MAL E PORCAMENTE
Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito.
Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e eficientemente, com parcos (poucos) recursos.
Como parcamente não era palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou " mal e porcamente", sob protesto suíno.»(1)
(1) in A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta, vol. 1 (Editora Campus, Rio de Janeiro)
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JÁ A FORMIGA TEM CATARRO
Significado: Diz-se a quem pretende ser mais do que é, sobretudo dirigido a crianças ou inexperientes.
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FAZER TIJOLO
Significado: Morrer.
Origem: Segundo se diz, existiu um velho cemitério mouro para as bandas das Olarias, Bombarda e Forno do Tijolo. O almacávar, isto é, o cemitério mourisco, alastrava-se numa grande extensão por toda a encosta, lavado de ar e coberto de arvoredo.
Após o terramoto de 1755, começando a reedificação da cidade, o barro era pouco para as construções e daí aproveitar-se todo o que aparecesse.
O cemitério árabe foi tão amplamente explorado que, de mistura com a excelente terra argilosa, iam também as ossadas para fazer tijolo. Assim, é frequente ouvir-se a expressão popular em frases como esta: 'Daqui a dez anos já eu estou a fazer tijolo '.
in 'Dicionário de Expressões Correntes' ; Orlando Neves
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FILA INDIANA

Significado: enfiada de pessoas ou coisas dispostas uma após outra.
Origem: Forma de caminhar dos índios da América que, deste modo, tapavam as pegadas dos que iam na frente.
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ANDAR À TOA
Significado: Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.
Origem: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar.
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EMBANDEIRAR EM ARCO
Significado: Manifestação efusiva de alegria.
Origem: Na Marinha, em dias de gala ou simplesmente festivos, os navios embandeiram em arco, isto é, içam pelas adriças ou cabos (vergueiros) de embandeiramento galhardetes, bandeiras e cometas quase até ao topo dos mastros, indo um dos seus extremos para a proa e outro para a popa. Assim são assinalados esses dias de regozijo ou se saúdam outros barcos que se manifestam da mesma forma.
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CAIR DA TRIPEÇA
Significado: Qualquer coisa que, dada a sua velhice, se desconjunta facilmente.
Origem: A tripeça é um banco de madeira de três pés, muito usado na província, sobretudo junto às lareiras. Uma pessoa de avançada idade aí sentada, com o calor do fogo, facilmente adormece e tomba.
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FAZER TÁBUA RASA
Significado: Esquecer completamente um assunto para recomeçar em novas bases.
Origem: A tabula rasa, no latim, correspondia a uma tabuinha de cera onde nada estava escrito. A expressão foi tirada, pelos empiristas, de Aristóteles, para assim chamarem ao estado do espírito que, antes de qualquer experiência, estaria, em sua opinião, completamente vazio. Também John Locke (1632 1704), pensador inglês, em oposição a Leibniz e Descartes, partidários do inatismo, afirmava que o homem não tem nem ideias nem princípios inatos, mas sim que os extrai da vida, da experiência. «Ao começo», dizia Locke, «a nossa alma é como uma tábua rasa, limpa de qualquer letra e sem ideia nenhuma. Tabula rasa in qua nihil scriptum. Como adquire, então, as ideias? Muito simplesmente pela experiência.»
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AVE DE MAU AGOURO
Significado: Diz-se de pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças.
Origem: O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Para se saberem os bons ou maus auspícios (avis spicium) consultavam-se as aves. No tempo dos áugures romanos, a predição dos bons ou maus acontecimentos era feita através da leitura do seu voo, canto
ou entranhas. Os pássaros que mais atentamente eram seguidos no seu voo, ouvidos nos seus cantos e aos quais se analisavam as vísceras eram a águia, o abutre, o milhafre, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a conotação funesta com qualquer destas aves.
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VERDADE DE LA PALISSE 
Significado: Uma verdade de La Palice (ou lapalissada / lapaliçada) é evidência tão grande, que se torna ridícula.
Origem: O guerreiro francês Jacques de Chabannes, senhor de La Palice (1470-1525), nada fez para denominar hoje um truísmo. Fama tão negativa e multissecular deve-se a um erro de interpretação.
Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos:
"O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia."
O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, "momentos antes da sua morte", ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência. Segundo a enciclopédia Lello, alguns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no século XVIII se atribuiu a La Palice um estribilho que lhe não dizia respeito. Portanto, fosse qual fosse o intuito dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa.
Nota: Em Portugal, empregam-se as duas grafias: La Palice ou La Palisse.

TER OUVIDOS DE TÍSICO
Significado: Ouvir muito bem.
Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939 a l945), muitos jovens sofriam de uma doença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais mortífera era a tuberculose pulmonar.
Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater esta doença com muito maior êxito.
As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão «ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».
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COMER MUITO QUEIJO
Significado: Ser esquecido; ter má memória.
Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória.
A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes "Nova Floresta", relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e também o demasiado uso do tabaco».
Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão fixa «comer (muito) queijo».
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ACORDO LEONINO
Significado: Um «acordo leonino» é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em relação a outro contratante que fica em grande vantagem. Origem: «Acordo leonino» é, pois, uma expressão retórica sugerida nomeadamente pelas fábulas em que o leão se revela como todo-poderoso.
[Chute_Temple_Jerusalem.gif]
QUE MASSADA*!
Significado: Exclamação usada para referir uma tragédia ou contra-tempo.
Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permaneceram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.
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 PASSAR A MÃO PELA CABEÇA
Significado: perdoar ou acobertar erro cometido por algum protegido.
Origem: Costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronunciava a bênção.
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GATOS-PINGADOS
Significado: Tem sentido depreciativo usando-se para referir uma suposta inferioridade (numérica ou institucional), insignificância ou irrelevância.
Origem: Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo a ferver em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão "gatos pingados" passou a denominar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento.

METER UMA LANÇA EM ÁFRICA
Significado: Conseguir realizar um empreendimento que se afigurava difícil; levar a cabo uma empresa difícil.
Origem: Expressão vulgarizada pelos exploradores europeus, principalmente portugueses, devido às enormes dificuldades encontradas ao penetrar o continente africano. A resistência dos nativos causava aos estranhos e indesejáveis visitantes baixas humanas. Muitas vezes retrocediam face às dificuldades e ao perigo de serem dizimados pelo inimigo que eles mal conheciam e, pior de tudo, conheciam mal o seu terreno. Por isso, todos aqueles que se dispusessem a fazer parte das chamadas "expedições em África", eram considerados destemidos e valorosos militares, dispostos a mostrar a sua coragem, a guerrear enfrentando o incerto, o inimigo desconhecido. Portanto, estavam dispostos a " meter uma lança em África".
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QUEIMAR AS PESTANAS 
Significado: Estudar muito.
Origem: Usa-se ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso. Foi, inicialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles que estudavam muito. Antes do aparecimento da electricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a " queimar as pestanas".


Resultado de imagem para SARDINHAPUXAR A BRASA Á SUA SARDINHA
Puxar a brasa à sua sardinha, é uma expressão popular muito utilizada em Portugal, que significa defender os nossos interesses pessoais, e que tem a sua origem na confecção do prato em si. A forma como se coloca as sardinhas com as barrigas para dentro em cima da brasa, numa posição cabeça/rabo, e a forma como se ateia e queima o carvão, assando a sardinha em lume brando, dando a volta na grelha dupla, dando a entender que se puxa a sardinha na nossa direcção

sexta-feira, 24 de julho de 2015

EXPRESSÕES POPULARES

O saber não ocupa lugar.  É por isso que estou colocando aqui esta postagem, para que quem ainda não conhece fique sabendo de onde nasceram as expressões populares.

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Por motivo que desconheço, o site acima não pode ser aberto por alguns de meus visitantes, embora em meu computador a abertura seja normal. Assim sendo, hoje dia 24, tomo a liberdade de apresentar as minhas desculpas, substituindo essa postagem por uma outra semelhante, conforme a seguir:

Elas estão na boca de todos, presentes no nosso dia-a-dia: estamos falando da expressões e provérbios populares, que fazem parte da nossa e de outras culturas mundiais. Mas você sabe a origem delas? Sabe de onde vieram e o que ocasionou sua fama? Se não, confira esse post interessantíssimo:
A pressa é inimiga da perfeição
Quando comentou a rapidez com que se redigia o Código Civil Brasileiro, o jurista Rui Barbosa usou esta expressão.
“A união faz a força” que era uma abreviação para um texto bíblico: ”É fácil quebrar uma vara, mas é difícil quebrar um feixe de varas”.
Acabar em pizza
Uma das expressões mais usadas no meio político é “tudo acabou em pizza”, empregada quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido. O termo surgiu no futebol. Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e, depois de 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam com muita fome. Assim, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas grandes. Depois disso, simplesmente esqueceram o assunto, foram para casa e a paz reinou. Depois desse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava no jornal Gazeta Esportiva, publicou a seguinte manchete: “Crise Do Palmeiras Termina Em Pizza”. Daí em diante, a expressão pegou.
Andar à toa
”Toa” vem do inglês ”tow”, que é a corda usada por um barco para rebocar outro maior. Então, quando o barco menor está rebocando o navio, os marinheiros do navio ficam sem fazer nada. À toa é algo feito sem esforço, algo sem importância. Os portugueses, resolveram dar um sentido figurado a esse procedimento marítimo, e já faziam isso desde o século XVII.
Aos trancos e barrancos
A expressão se refere a algo que segue adiante, mas com muita dificuldade. Tranco é o salto que o cavalo dá, mas também pode ser um golpe brusco. Barranco (no Brasil) é a ribanceira de um rio que tem margem íngreme, mas em Portugal (que é de onde veio a expressão) é uma vala aberta por ações da natureza, como uma enxurrada, ou pelo homem.
As paredes têm ouvidos
Nascida na França e originada da perseguição contra os huguenotes, que resultou na matança conhecida como a Noite de São Bartolomeu (em 24 de agosto de 1572). A rainha Catarina de Médicis, esposa de Henrique II (rei da França), era muito desconfiada e uma perseguidora implacável dos huguenotes. Para poder escutar melhor as pessoas de quem mais suspeitava, mandou fazer uma rede com furos, nos tetos do palácio real. Foi este sistema de espionagem que deu origem à esta expressão muito famosa. Usada para avisar alguém sobre o que vai falar, para não se comprometer.
Até que a morte os separe
Na Primeira Epístola aos Coríntios, São Paulo usa a frase para falar dos laços indissolúveis que unem homens e mulheres no matrimônio.
Botar as cartas na mesa
É originada dos jogos de baralho, no qual em um momento do jogo ”botar as cartas na mesa” é revelar aos outros o que se tem nas mãos, abrir o jogo.
Casa-da-mãe-Joana
Esta Joana é a condessa de Provença e rainha de Napóles (Joana I). Em 1347, ela regulamentou os bordeis de Avignon, onde vivia refugiada. ”Casa-da-mãe-Joana” então virou sinônimo de prostíbulo, lugar de bagunça.
Chegar de mãos abanando
Originada no período de grandes imigrações no Brasil (final do século XIX). Quando estrangeiros vinham com a família para trabalhar nas fazendas dos barões do café. Os imigrantes deveriam trazer ferramentas para começar o trabalho. Quem viesse sem nada, ou com as mãos abanando, era considerado avesso ao trabalho.
Colocar a mão no fogo
Significa confiar na inocência de uma pessoa. Nasceu na Idade Média. Para provar sua inocência, o acusado deveria caminhar alguns metros, na frente de um juiz e de testemunhas, segurando uma barra de ferro em brasa nas mãos. As mãos eram protegidas apenas por um pedaço de estopa envolvido em cera. Três dias depois, a estopa era retirada. Se a mão estivesse sem nenhuma marca, o acusado era considerado inocente. Se aparecesse uma queimadura, o sujeito era enforcado.
Com o rabo entre as pernas
Significa aqueles que recuam, humilhados ou amedrontados. Seu uso é bem antigo, pois Francisco Manuel de Melo a mencionou em Feira de Anexins, de 1666.
Comer com os olhos
Quem não pode devorar uma saborosa comida, acaba comendo apenas com os olhos. Atualmente, ”comer com os olhos” significa ter certa inveja. Mas na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa consistia em um banquete em honra dos deuses em que ninguém colocava as mãos na comida. Todos participavam da refeição apenas olhando.
Contagem regressiva
No filme A mulher na Lua, de 1930, o cineasta alemão Fritz Lang criou a contagem regressiva para dar mais emoção a uma cena de um lançamento de foguete. Cientistas alemães aprovaram a novidade e passaram a adotar a contagem regressiva no lançamento de bombas V-2, durante a Segunda Guerra Mundial. O procedimento foi levado à NASA pelos cientistas alemães que se mudaram para os EUA, fugidos do nazismo.
Custar os olhos da cara
Deu origem num costume bárbaro de tempos antigos. Os olhos eram considerados muito valiosos. Então, governantes depostos, prisioneiros de guerra e outros tipos de inimigos, tinham seus olhos arrancados depois de um golpe ou batalha. Os vencedores acreditavam que desse modo, os derrotados teriam poucas chances de se vingar porque se tornariam inofensivos.
Dar de mão beijada
Entregar algo a alguém sem nenhum pedido de retribuição. Diante dos papas, os reis e nobres mais ricos primeiro beijavam a mão de Sua Santidade e em seguida, faziam suas ofertas, entregando à Igreja terras, palácios e outros bens. O primeiro a utilizar a expressão foi o papa Paulo IV, em documento de 1555.
De pés juntos
Jurar ou negar de pés juntos é dizer algo com toda convicção. Já se falava assim em Portugal no século XVI. Os pés juntos indicam posição de sentido, demonstram respeito e obediência.
De tirar o chapéu
É quando alguma coisa está muito boa ou merece admiração. Antigamente se usava muito chapéu, então a expressão era mais usada. Hoje em dia está em extinção porque ninguém mais usa chapéu. Mas a expressão ainda permanece como forma de homenagem e de reverência. O rei francês Luís XIV criou uma espécie de manual de etiqueta sobre o uso do chapéu em sua corte, ordenando que o chapéu só poderia ser retirado da cabeça para saudações em ocasiões especiais. Foram os portugueses que trouxeram esta expressão para o Brasil.
”Dia D” e ”Hora H”
Dia determinado para a execução de uma certa tarefa ou para o início de uma dada operação. Teve origem na Segunda Guerra Mundial, no famoso dia em que os Aliados se preparavam para invadir a região da Normandia, ocupada pelos alemães. Para manter o plano em sigilo, as forças aliadas registraram apenas o dia como D e a hora como H. E foi daí que nasceram as duas expressões: Dia D e Hora H.
O Dia D foi 6 de Junho de 1944 e a Hora H foi às 6 da manhã. A operação de invasão envolveu 3 milhões de soldados, 5.339 embarcações, 11 mil aviões e 15 mil tanques e veículos blindados. Morreram 80.295 soldados alemães, 34.417 soldados aliados e 12.850 civis franceses. Foi a operação militar mais espetacular de todos os tempos.
Entrar com o pé direito
A expressão é muuuuito antiga. No Império Romano, nas festas, os convidados eram obrigados a entrar no salão dextro pede (com o pé direito). Assim, evitariam má sorte.
Errar é humano
A criação de ”Errare humanum est” é atribuída ao escritor latino Sêneca (4 a.C.-65 d.C.).
Hip, Hip, Hurra!
Provavelmente nascida na Idade Média. ”Hip” viria de ”hep” (palavra formada pelas iniciais do latim ”Hierosolyma est perdita”, cujo significado é ”Jerusalém caiu” ou ”Jerusalém está perdida”. ”Hurra”, por sua vez, viria de ”Hu-raj!” (exclamação eslava que significa ”Para o paraíso!”. Se assim for, pode-se dizer que ”Hip, Hip, Hurra!” literalmente quer dizer ”Jerusalém está perdida e estamos a caminho do paraíso”.
Fazer um bicho-de-sete-cabeças
No sentido figurado, fazer de alguma coisa um ‘bicho-de-sete-cabeças’ é exagerar na dificuldade de realizá-la, o que pode acontecer por receio ou por mera falta de disposição. Algo muito complicado, de extrema dificuldade para sua execução ou entendimento.
‘Na mitologia, era uma serpente descomunal, com inúmeras cabeças, que habitava região pantanosa de Lerna, na antiga Grécia. Destruir o terrível monstro era um dos 12 trabalhos de Hércules, o grande herói que se submetera à tarefa para recuperar sua honra. A cada cabeça cortada outras mais renasciam do corpo do monstro. Hércules conseguiu cortar todas as cabeças e impedir que outras surgissem, cauterizando cada ponto com enormes tições tirados de uma floresta em chamas’, explica o professor Ari Riboldi. Para muitos autores, a serpente tinha sete cabeças, o que veio a consagrar a expressão.
Memória de elefante
Você lembra o aniversário de todos os amigos e nem precisa da agenda do celular para ligar para o primo do interior? Então você tem a memória de elefante. ‘O elefante é um bom aprendiz e lembra de tudo o que lhe é ensinado. Assimila e repete com facilidade inúmeros comandos’, afirma o professor Ari Riboldi.
Assim, costuma-se dizer que uma pessoa que prontamente lembra de tudo possui memória de elefante. Nada a ver com o tamanho do animal, mas sim com sua capacidade de repetir ordens e comandos.
Ter minhocas na cabeça
Quem está com minhocas na cabeça, está se preocupando à toa. Mas o que esse bichinho tem a ver com os seus problemas? Segundo o professor Ari Riboldi, a expressão é uma metáfora do que as minhocas fazem na terra. ‘A sua presença num terreno representa a certeza de fertilidade do solo. Elas transformam os vegetais em húmus e, pela sua ação perfuradora, facilitam a passagem e infiltração da água’, afirma.
‘As indesejáveis são as minhocas da nossa cabeça, preocupações inúteis, mas que podem nos tirar o sono. Para nos livrarmos delas, somente tirando-as de lá, ou seja, literalmente extraindo-as desse solo impróprio’, compara. A expressão retrata a ação das minhocas perfurando o solo.
Espírito de porco
Você é o rei da piada sem graça, uma mala sem alça, grosseiro ou estraga prazeres? É aquele que interfere, geralmente, no sentido de criar embaraços ou de agravar situações que já são difíceis? Pois você tem o espírito de porco. ‘A origem vem da má fama do porco, embora injusta, sempre associado à falta de higiene, à sujeira e, inclusive, à impureza, ao pecado e ao demônio, conforme alusões feitas no texto bíblico do Antigo e do Novo Testamento’, explica Ari Riboldi.
No período da escravidão, a má fama do porco foi reforçada. Nenhum dos escravos queria ter a tarefa de matar os porcos nas fazendas, o que faziam muito a contragosto. A morte era dolorosa: uma facada profunda em direção ao coração, sangue jorrando e gritos do animal aos poucos se esvaindo até morrer. ‘Entre os escravos, havia a crença de que o espírito do porco ficava no corpo de quem o matava e o atormentava pelo resto de seus dias. Nesse caso, o matador dos porcos ficava para sempre possuído pelo espírito deles’, conta Riboldi.
Estar com a macaca
Em algumas culturas, por influência da religião, acredita-se que certas palavras, como demônio, diabo, satã, são portadoras de má sorte. ‘Fazem parte dos tabus linguísticos e devem, portanto, ser evitadas. A simples pronúncia poderia trazer mau agouro, atrair a ira de um deus ou de entidade sobrenatural. O povo, na sua sabedoria, faz uso de outros vocábulos, uma espécie de eufemismo’, comenta o professor Ari Riboldi.
No Nordeste brasileiro, por exemplo, o capeta é substituído pelo termo cão. Estar com o cão é ter o diabo no corpo. Nessa região, é comum ouvir-se a expressão ‘cão chupando manga’ como sinônimo de algo muito feio, ou seja, como se fosse ver o próprio capeta chupando manga e fazendo caretas. Em outras regiões, o diabo é substituído pelo macaco ou pela sua fêmea. Logo, ‘estar com a macaca’ também é estar endiabrado, ser possuído pelo coisa-ruim, enfim, estar endemoniado.
Drible da vaca
Improvável que uma vaca fosse capaz de fazer a jogada em que o atleta lança a bola por um lado do adversário e a alcança correndo pelo outro lado (o mesmo que meia-lua). A expressão teve origem na prática do futebol em campos improvisados, nos potreiros do interior, nas fazendas, em plenas pastagens de gado. Era comum, durante a partida, um desses animais atravessar pelo meio do espaço onde se realizava o jogo. Diante dessa situação, além de driblar o seu oponente, o atleta tinha que se livrar da vaca. Para tanto, jogava a bola para um lado do animal e corria para o outro, lá adiante, para alcançá-la e dar continuidade à sua trajetória.
‘Se a vaca fosse dócil e mansa, tudo bem; caso contrário, se ela não concordasse com o drible e ameaçasse usar os chifres ou patas, o mais prudente era interromper o jogo por alguns minutos e esperar que ela mesma se afastasse para além dos limites das quatro linhas’, brinca o professor Ari Riboldi.
Lobo em pele de cordeiro
Lobo em pele de cordeiro é o indivíduo que finge ser inocente e inofensivo – como se fosse um cordeiro, o filhotinho do carneiro – para se aproveitar e tirar vantagem dos desavisados, portando-se, então, como um lobo voraz e traiçoeiro. ‘A expressão teria vindo de uma lenda da Grécia Antiga. De acordo com essa lenda, um lobo entrou num rebanho de ovelhas disfarçado, envolto numa pele de lã. Lá, saciou a sua fome, devorando várias ovelhas indefesas’, conta o professor Ari Riboldi.
Comprar gato por lebre
Quem nunca se sentiu enganado por aquela oferta generosa e descobriu que, na verdade, comprou gato por lebre? Dizem alguns historiadores que, em tempo de guerra e de carestia, muitas pessoas conseguiam vender gatos no lugar de lebres, como carne para alimento, dada a semelhança entre ambos após lhes tirarem a pele.
‘De tamanho e corpo parecidos, os velhacos deixavam a carne de gato na água e temperada, o que disfarçava seu cheiro e conseguiam passá-la adiante como se fosse lebre’, explica o professor Ari Riboldi.
Tem boi na linha
Essa é do tempo da vovó. Ter boi na linha é encontrar um obstáculo, surgir um problema, uma adversidade. Houve época em que as estradas de ferro eram protegidas por cercas, nas áreas de campo, onde havia criação de gado. Se um dos animais ultrapassasse a cerca e se instalasse tranquilamente sobre ou entre os trilhos da viação férrea, o maquinista era obrigado a parar o trem, pois havia, literalmente, boi na linha. No caso, a linha era a denominação dada à estrade de ferro (ferrovia), conhecida com linha do trem, tendo em vista os dois trilhos paralelos, explica o professor Ari Riboldi.
Corredor Polonês
Corredor polonês é uma expressão comumente utilizada para denominar uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas que se colocam lado a lado, uma defronte à outra, com a intenção de castigar quem tenha de percorrê-la. A expressão faz referência à região transferida por parte da Alemanha para a Polônia ao fim da Primeira Guerra Mundial, em virtude da assinatura do Tratado de Versalhes. O Corredor Polonês dividiu a Alemanha ao meio, isolando a Prússia Oriental do resto do país. Através de uma extensão de 150 quilômetros e largura variável entre 30 a 80 quilômetros, permitiu que os poloneses circulassem livremente em território alemão, bem como possibilitou o acesso da Polônia ao Mar Báltico. Posteriormente, tanto o Corredor quanto a Prússia foram incorporados ao território polonês. A disputa pela região do Corredor Polonês provocou inúmeros atritos entre os dois países. Em 1939, durante a invasão da Alemanha à Polônia, os poloneses foram encurralados pelos alemães, os quais se posicionavam dos dois lados do Corredor e atiravam contra os poloneses, que estavam no meio.
Voto de Minerva
A expressão tem sua origem em uma história pertencente à mitologia grega. Agamenon, o comandante da Guerra de Troia, ofereceu a vida de uma filha em sacrifício aos deuses para conseguir a vitória do exército grego contra os troianos. Sua mulher, Clitemnestra, cega de ódio, o assassinou. Com esses crimes, o deus Apolo ordenou que o outro filho de Agamenon, Orestes, matasse a própria mãe para vingar o pai. Orestes obedeceu, mas seu crime também teria que ser vingado. Em vez de aplicar a pena, Apolo deu a Orestes o direito a um julgamento, o primeiro do mundo. A decisão, tomada por 12 cidadãos, terminou empatada. Chamada pelos gregos de Atenas (Minerva era seu nome romano), a deusa da sabedoria proferiu seu voto, desempatando o feito e poupando a vida de Orestes. Eis a razão da expressão Voto de Minerva (também conhecida como “voto de desempate” ou “voto de qualidade”).
Bafo de onça
A onça é um animal carnívoro que se lambuza bastante na hora de comer a caça. Por esta razão, fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Assim, pessoas que possuem o hálito fétido passaram a ser chamadas de “bafo de onça”. A expressão também faz referência ao hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado.
Santinha do pau oco
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos séculos 18 e 19, os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.
Névoa baixa, sol que racha
Ditado muito falado no meio rural. A Climatologia o confirma. O fenômeno da névoa ocorre geralmente no final do inverno e começo do verão. Conhecida também como cerração, a névoa fica a baixa altitude pela manhã provocando um aumento rápido da temperatura para o período da tarde.
Sem eira nem beira
Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado , então construíam somente a tribeira ficando assim “sem eira nem beira”.
Lua de mel
A expressão vem do inglês honeymoon. Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém-casados tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada mead – ou hidromel, composta de água, mel, malte, levedo, entre outros ingredientes. O mel era considerado uma fonte de vida, com propriedades afrodisíacas. A bebida deveria ser consumida durante um mês (ou uma lua). Por essa razão, esse período passou a ser chamado de “lua de mel”.
Pensando na morte da bezerra
A história mais aceitável para explicar a origem da expressão é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Conta-se que certa vez um rei resolveu sacrificar uma bezerra e que seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, opôs-se. Independentemente disso, a bezerra foi oferecida aos céus e afirma-se que o garoto passou o resto de sua vida pensando na morte da bezerra. Assim, estar “pensando na morte da bezerra” significa estar distante, pensativo, alheio a tudo.
Farinha do mesmo saco
“Homines sunt ejusdem farinae” (São homens da mesma farinha, em latim) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. A metáfora faz referência ao fato de a farinha de boa qualidade ser posta em sacos separados, para não ser confundida com a de qualidade inferior. Assim, utilizar a expressão “farinha do mesmo saco” é insinuar que os bons andam com os bons, enquanto os maus preferem os maus.
Dor de cotovelo
A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados no balcão, bebendo e chorando a dor de um amor perdido. De tanto permanecerem naquela posição, as pessoas ficavam com dores nos cotovelos. Atualmente, é muito comum utilizar essa expressão para designar o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma decepção amorosa.
Motorista Barbeiro
– Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”.
Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.
Tirar o Cavalo da Chuva
– Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião
e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião
percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
Dar com burros N’ÁGUA
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir
algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.
Guarda a sete chaves
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras,
sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” pra designar algo muito bem guardado.
OK
A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.
Rasgar seda
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.
Água mole e pedra dura, tanto bate até que fura
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das
culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio portugueses e brasileiros.
Olha o passarinho!
Quando a fotografia foi inventada, a impressão da imagem no filme não se dava com a mesma rapidez dos dias atuais. Na metade do século 19, os fotografados tinham de permanecer parados por até 15 minutos, a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da máquina. Fazer as crianças ficarem imóveis por tanto tempo era um verdadeiro desafio. Por isso, gaiolas com pássaros ficavam penduradas atrás dos fotógrafos, o que chamava a atenção dos pequenos. Assim, a expressão “Olha o passarinho” ficou conhecida como a frase dita pelo fotógrafo na hora da pose para a foto.
Novo em folha
Para falar que algo nunca foi usado ou que, se já foi, está em ótimo estado, dizemos que está “novo em folha”. A expressão também pode ser usada para designar alguém que, depois de se machucar ou enfrentar uma doença, está curado. A origem dessa expressão baseia-se em folhas de papel branquinhas, limpinhas e sem amassados, encontradas em livros novos, recém impressos. Assim, trata-se de livros “novos em folha”.
Ovelha negra
Esta expressão não é brasileira nem restrita à língua portuguesa. Vários outros idiomas também a utilizam para designar alguém que destoa de um grupo, assim como uma ovelha da cor preta se diferencia em um rebanho de animais brancos. Na Antiguidade, os animais pretos eram considerados maléficos e, por isso, sacrificados em oferenda aos deuses ou para acertar certos acordos. Daí o hábito de chamar de “ovelha negra” aqueles que se diferenciam por desagradar e chocar aos demais.
Tintim por tintim
Corrente tanto no português do Brasil como em Portugal, a expressão “tintim por tintim” é utilizada para falar de alguma coisa descrita em seus mínimos detalhes. Segundo o filólogo brasileiro João Ribeiro, “tintim é a onomatopeia do tilintar de moedas”, ou seja, tintim é o barulho que uma moeda faz quando cai sobre outra. Em sua origem, a expressão “tintim por tintim” era usada para se referir a uma conta ou dívida paga até a última moeda. Assim, quando queremos obter informações precisas sobre algum fato ou situação, costumamos dizer: “Conte-me tudo, tintim por tintim”