terça-feira, 29 de janeiro de 2013

GRANDES EMPREENDEDORES

S O R V E T E S
Conheça  a história do empreendedor que está por trás da marca  "Rochinha"

A Rochinha Sorvetes surgiu como uma empresa de fundo do quintal, mas 

já fatura R$ 11 milhões

SÃO PAULO - O litoral norte de São Paulo não tem entre seus expoentes apenas as belas praias, as baladas de Maresias e os mosquitos de Ilhabela.  Foi nessa região que nasceu, há 31 anos, uma das marcas mais admiradas no Brasil: a Rochinha Sorvetes. Os planos audaciosos de começar a exportar picolés para diversos países, como Holanda, Portugal e até Arábia Saudita, não parecem combinar muito com a timidez do empresário criador do negócio, José Lopes. Mas confiança não falta. “Recebemos tantas propostas que estamos selecionando para onde mandaremos nosso produto.”


O negócio literalmente de fundo de quintal nasceu na década de 1980. Lopes trabalhava como pedreiro, e o salário curto não permitia gastos com produtos que não fossem de primeira necessidade. Para matar a vontade dos seis filhos de tomar sorvete no verão, ele decidiu fabricar a iguaria dentro de casa, com as frutas que ele mesmo colhia do quintal. “Foi uma brincadeira que deu certo.”
O sorvete foi ficando famoso entre os vizinhos, até que um amigo, que já vendia sorvete nas praias, pediu para que ele fizesse uma quantia maior para oferecer aos turistas. O empresário não acreditou que a tentativa daria certo. “Como eu iria disputar mercado com marcas de sorvete já conceituadas? Mas meu vizinho disse que o meu sorvete era muito mais gostoso do que os outros que ele já tinha experimentado. Então topei.”

Antes de ser um empresário de sucesso, José Lopes era pedreiro (divulgação)
Complemento de renda 
Deu certo. A venda de sorvetes passou a ser complemento na renda da família, já que Lopes continuou trabalhando com construção. Nessa época, o empreendedor foi contratado para reformar uma sorveteria, que se chamava Rochinha. Entre uma pá de cimento e outra, contou ao dono do negócio que ele vendia, de maneira modesta, picolé na praia. Foi então que o destino lhe pregou uma surpresa: o proprietário estava de malas prontas para morar em Campo Grande (MS) e perguntou se ele gostaria de comprar a sorveteria.

O primeiro impulso foi dizer “não”, afirmando que aquele tipo de negócio não era para ele. Mas o empresário não desistiu e disse a José Lopes que ele levava jeito e poderia fazer cursos para se aperfeiçoar. “Mesmo alegando que não tinha dinheiro para comprar, ele me deu dois dias para pensar. Mas ele insistia e ligava a toda hora.” Lopes acabou cedendo e, como não tinha dinheiro para fechar o negócio, vendeu o carro e a casa para investir na empresa que mudaria sua vida.
Uma fábrica e nove sorveterias 
Em dois anos, ele recuperou o investimento inicial. Nos anos seguintes, a marca foi se espalhando pelas praias da região, somando nove sorveterias. Nessa época, a família estava separada, já que cada filho cuidava de uma loja, e o pai ficava na fabricação. “Era tanto pedido que eu não dava conta. Reuni a família e comuniquei que venderíamos as lojas para apostar somente na fabricação”. Foi assim que surgiu a primeira fábrica, que tinha 600 m2. O empresário afirma que só assim conseguiria atender toda a demanda de pedidos. Mas isso durou apenas sete anos, depois a fábrica ficou pequena. A estratégia então foi construir uma dez vezes maior, de 6.000 m2, inaugurada recentemente em São José dos Campos, em São Paulo.

Com a nova planta, a expectativa é que o faturamento aumente 30% até 2013. No ano passado, a receita alcançou R$ 11 milhões. Para alavancar as vendas, a Rochinha Sorvetes aposta sempre em novos produtos. Para este verão, a novidade são os sabores de jaca e mix de frutas. Apesar das inovações anuais, o carro-chefe da empresa continua sendo o picolé de coco. “É o meu preferido. Podemos fazer a quantidade que for, mas sempre falta.”
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Origem da notícia:  Infomoney em 28.2.2013

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