S O R V E T E S
Conheça a história do empreendedor que está por trás da marca "Rochinha"A Rochinha Sorvetes surgiu como uma empresa de fundo do quintal, mas
já fatura R$ 11 milhões
SÃO PAULO - O litoral norte de São Paulo não tem entre seus expoentes apenas as belas praias, as baladas de Maresias e os mosquitos de Ilhabela. Foi nessa região que nasceu, há 31 anos, uma das marcas mais admiradas no Brasil: a Rochinha Sorvetes. Os planos audaciosos de começar a exportar picolés para diversos países, como Holanda, Portugal e até Arábia Saudita, não parecem combinar muito com a timidez do empresário criador do negócio, José Lopes. Mas confiança não falta. “Recebemos tantas propostas que estamos selecionando para onde mandaremos nosso produto.”
O
negócio literalmente de fundo de quintal nasceu na década de 1980. Lopes
trabalhava como pedreiro, e o salário curto não permitia gastos com produtos
que não fossem de primeira necessidade. Para matar a vontade dos seis filhos de
tomar sorvete no verão, ele decidiu fabricar a iguaria dentro de casa, com as
frutas que ele mesmo colhia do quintal. “Foi uma brincadeira que deu certo.”
O
sorvete foi ficando famoso entre os vizinhos, até que um amigo, que já vendia
sorvete nas praias, pediu para que ele fizesse uma quantia maior para oferecer
aos turistas. O empresário não acreditou que a tentativa daria certo. “Como eu
iria disputar mercado com marcas de sorvete já conceituadas? Mas meu vizinho
disse que o meu sorvete era muito mais gostoso do que os outros que ele já
tinha experimentado. Então topei.”
Complemento de renda
Deu certo. A venda de sorvetes passou a ser complemento na renda da família, já que Lopes continuou trabalhando com construção. Nessa época, o empreendedor foi contratado para reformar uma sorveteria, que se chamava Rochinha. Entre uma pá de cimento e outra, contou ao dono do negócio que ele vendia, de maneira modesta, picolé na praia. Foi então que o destino lhe pregou uma surpresa: o proprietário estava de malas prontas para morar em Campo Grande (MS) e perguntou se ele gostaria de comprar a sorveteria.
Deu certo. A venda de sorvetes passou a ser complemento na renda da família, já que Lopes continuou trabalhando com construção. Nessa época, o empreendedor foi contratado para reformar uma sorveteria, que se chamava Rochinha. Entre uma pá de cimento e outra, contou ao dono do negócio que ele vendia, de maneira modesta, picolé na praia. Foi então que o destino lhe pregou uma surpresa: o proprietário estava de malas prontas para morar em Campo Grande (MS) e perguntou se ele gostaria de comprar a sorveteria.
O primeiro impulso foi dizer “não”, afirmando que aquele
tipo de negócio não era para ele. Mas o empresário não desistiu e disse a José
Lopes que ele levava jeito e poderia fazer cursos para se aperfeiçoar. “Mesmo
alegando que não tinha dinheiro para comprar, ele me deu dois dias para pensar.
Mas ele insistia e ligava a toda hora.” Lopes acabou cedendo e, como não tinha
dinheiro para fechar o negócio, vendeu o carro e a casa para investir na
empresa que mudaria sua vida.
Uma fábrica e nove sorveterias
Em dois anos, ele recuperou o investimento inicial. Nos anos seguintes, a marca foi se espalhando pelas praias da região, somando nove sorveterias. Nessa época, a família estava separada, já que cada filho cuidava de uma loja, e o pai ficava na fabricação. “Era tanto pedido que eu não dava conta. Reuni a família e comuniquei que venderíamos as lojas para apostar somente na fabricação”. Foi assim que surgiu a primeira fábrica, que tinha 600 m2. O empresário afirma que só assim conseguiria atender toda a demanda de pedidos. Mas isso durou apenas sete anos, depois a fábrica ficou pequena. A estratégia então foi construir uma dez vezes maior, de 6.000 m2, inaugurada recentemente em São José dos Campos, em São Paulo.
Em dois anos, ele recuperou o investimento inicial. Nos anos seguintes, a marca foi se espalhando pelas praias da região, somando nove sorveterias. Nessa época, a família estava separada, já que cada filho cuidava de uma loja, e o pai ficava na fabricação. “Era tanto pedido que eu não dava conta. Reuni a família e comuniquei que venderíamos as lojas para apostar somente na fabricação”. Foi assim que surgiu a primeira fábrica, que tinha 600 m2. O empresário afirma que só assim conseguiria atender toda a demanda de pedidos. Mas isso durou apenas sete anos, depois a fábrica ficou pequena. A estratégia então foi construir uma dez vezes maior, de 6.000 m2, inaugurada recentemente em São José dos Campos, em São Paulo.
Com a nova planta, a expectativa é que o faturamento
aumente 30% até 2013. No ano passado, a receita alcançou R$ 11 milhões. Para
alavancar as vendas, a Rochinha Sorvetes aposta sempre em novos produtos. Para
este verão, a novidade são os sabores de jaca e mix de frutas. Apesar das
inovações anuais, o carro-chefe da empresa continua sendo o picolé de coco. “É
o meu preferido. Podemos fazer a quantidade que for, mas sempre falta.”
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Origem da notícia: Infomoney em 28.2.2013
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